São livros assim que podem fazer várias pessoas desejarem voltar no tempo e darem de cara com um Brasil não tão corrupto, não tão violento, não tão desigual. Em Brasil: Os Fascinantes Anos 20 voltamos na década onde os modernistas tentavam criar fãs, onde a luz elétrica surgiu, o lança-perfume não era droga e o rádio começou a ganhar fama. Porém, também damos de cara com um Brasil que também sofria com as revoltas do exército contra o governo, com as greves dos trabalhadores, que revindicavam melhores condições de trabalho, e com a crise de 1929, que afetou o Brasil diretamente com a queda da exportação do café, principal produto do país na época. Mas o importante aqui é saber que Marcos Rey nos conta uma breve estória, com personagens fictícios que vivem na época onde Tarsila do Amaral começou sua carreira e João Ribeiro de Barros atravessou o Oceano Atlântico Sul - com direito à participação destas personalidades.
Na trama, Gabriel é um rapaz que deixou a família em sua cidade natal e partiu para São Paulo para viver sozinho na Pensão da República e vender reclames pela cidade. Ele é um apaixonado pelos artistas modernistas e, junto com o amigo Natal, compra ingressos para a Semana de Arte Moderna. Lá, ele presenciou o público ir contra artistas como Villa Lobos e Oswald de Andrade, jogando tomates e diversas outras coisas. É nessa época que ele conhece Glorinha, a típica mulher dos anos 20, chamada de melindrosa, que usava vestidos mostrando as canelas, fumava e participada dos corsos de carnaval. Ele começa a se aproximar ainda mais de Glorinha quando sua família vem morar com ele em uma casa em São Paulo e Natal volta para Ribeirão Preto, onde seus pais vivem.
É bem difícil fazer uma sinopse de Brasil: Os Fascinantes Anos 20 sem contar spoilers da trama, porque o livro não tem nenhum objetivo. Objetivo que eu digo, físico. Afinal, ele tem a missão de mostrar como se vivia na década de 20 no Brasil, porém tampouco cria suas ramificações para chegar a um final que feche, literalmente, a trama. No desfecho, temos uma espécie de epílogo que nos conta como a vida do protagonista seguiu, mas não ficamos interessados, em nenhum momento, nos personagens. E o escritor sabe disso. Não é a toa que, na própria sinopse do livro, não encontramos nem mesmo o nome do protagonista, e sim em como era chamada a década de 20 e os motivos para tal. É aí que descobrimos a ideia do autor: utilizar um enredo fictício como estrutura para contar a história de uma época verídica, e tenho que admitir que esta mescla dá certo. Brasil: Os Fascinantes Anos 20 é uma leitura prática e rápida, que pode te ensinar bastante coisas ou não sobre a década, dependendo de seu nível de conhecimento sobre a mesma. Aí, já depende de cada um; mas há uns bons fatos verídicos ao final do livro, que valem a pena ler.
Livro: Brasil: Os Fascinantes Anos 20 - Col. O Cotidiano da História
Autor: Marcos Rey
Editora: Ática
Páginas: 64 - Edição de 2004
Livro: Brasil: Os Fascinantes Anos 20 - Col. O Cotidiano da História
Autor: Marcos Rey
Editora: Ática
Páginas: 64 - Edição de 2004
1 comentários:
me segue! adorei seu blog! rehkg.blogspot.com... quem sabe eu te sugo tb??? abrçs, rehkg
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