terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Poltrona VIP #1 Readaptações




Bem-vindos ao Poltrona VIP, caros leitores! Sou a Danni, do Blood and Books. A partir de agora, me verão por aqui uma vez ao mês, trazendo dicas de cinema. Para começar, o tema de hoje é Readaptações.

Elas vêm para dividir as opiniões, trazendo versões mais atualizadas, completamente diferentes ou menos censuradas de um mesmo material. Algumas são feitas com base em filmes mais antigos, outras se baseiam num mesmo livro. Seja como for! Convidados e convidadas da Poltrona VIP de hoje, não dispensem um balde de pipocas para conferir as dicas:

Os Homens Que Não Amavam As Mulheres

Livro da autoria de Stieg Larsson. A envolvente história, ambientada na Suécia, envolvendo uma hacker, um jornalista e um misterioso desaparecimento, ganhou duas adaptações cinematográficas. O que impressiona é o curtíssimo intervalo entre ambas, sendo a segunda filmada pelo diretor americano David Fincher (A Rede Social) e lançada em dezembro de 2011 nos EUA.



Original: Estrelando como Lisbeth Salander temos Noomi Rapace, muitíssimo elogiada, ainda que não seja tão fiel à Lisbeth das páginas de Millennium. Lançado em 2009, conta com a direção de Niels Arden Oplev. É notável como o filme sueco peca em parte das mudanças feitas, deixando de aproveitar boas cenas. Em algumas até podemos perceber a falta de recursos, mas o que ainda não faz dele, de forma alguma, ruim. O filme tornou-se o queridinho na Europa, e, também, entre os fãs da Trilogia.



Readaptação: Aqui a direção é de David Fincher, e a estrela da vez é Rooney Mara, que já havia trabalhado com ele em A Rede Social. Fincher optou por seguir um caminho menos sensível, trazendo uma visão mais crua da relação entre os protagonistas. Além de Lisbeth – impecável, tanto na atuação como na caracterização –, temos outro ponto que muito chama a atenção: a trilha sonora por Trent Reznor e Atticus Ross. Fincher conta com os recursos que Hollywood pode oferecer, e soube muito bem aproveitá-los. Seu filme faz jus à obra de Larsson, a começar com a eletrizante abertura – que já nos dá um gostinho do que pode vir em suas continuações.




Assassino à Preço Fixo

Arthur Bishop é o que chamam de “mechanic” (The Mechanic, título original, é uma gíria em inglês para mercenário, assassino de aluguel), é um assassino nato, um exímio matador. Está, aparentemente, tranqüilo, eliminando quem a Companhia, para o qual trabalha, lhe indica. A situação muda quando aceita treinar Steve para trabalhar consigo, o que significa quebrar – novamente – seu código. Acontece que Steve era filho de seu melhor amigo, Harry McKenna, que foi apontado para ser alvo de Bishop, segundo a companhia, por ter deixado informações sigilosas vazarem.

 


Original: “The Mechanic” chegou aos cinemas em 1972, sob a direção de Michael Winner e tendo Charles Bronson no papel de Arthur Bishop. O filme, na época, teve a maior cena de explosão controlada de Los Angeles, onde foi colocado, em um hotel, cinco tanques de combustível e dezoito de pólvora negra.





Readaptação: Essa versão é, assim como Millennium, de 2011. Dirigida por Simon West, tendo no elenco Donald Shuterland, Ben Foster; e Jason Statham (Carga Explosiva), no papel principal. O orçamento se aproximou dos 60 milhões de dólares! 



Lolita

Um homem de meia idade, obcecado por meninas jovens, se apaixona perdidamente por Dolores Haze, a Lolita, e acaba por se casar com sua mãe a fim de se aproximar da garota. É em torno dessa obsessão que gira o polêmico romance de Vladimir Nabokov. Também com duas adaptações para o cinema. Cada uma trazendo visões bem diferentes dos personagens centrais, podemos perceber isso mesmo nos trailers, onde o segundo pende para um lado romântico. Indispensável conferir ambos os filmes!


Original: A primeira versão, lançada em 1962, é dirigida por ninguém menos que Stanley Kubrick (Laranja Mecânica), e tem o roteiro escrito pelo próprio autor. Sue Lyon, que ganhou o papel-título, tinha dezesseis anos na época. Mesmo tendo acrescentado, no filme, mais dois anos à idade de Lolita, ter uma atriz menor de idade interpretando uma menina sexualmente ativa é, sem dúvidas, alvo da censura. Ainda assim Kubrick a contratou.




Readaptação: Em 1997, Adrian Layne traz Lolita de volta aos cinemas. Mais que duas mil e quinhentas garotas fizeram testes para interpretá-la, mas a escolhida foi Dominique Swain, que tinha 15 anos durante as filmagens. Em comparação com o filme anterior, o longa de Adrian Layne é bem mais ousado, tendo, inclusive, cenas de sexo entre os protagonistas – no filme de Kubrick, Lolita e Humbert sequer se beijam.



#Pipoca Extra:

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, já rendeu quatro filmes! O mais recente deles, inclusive, tem Keira Knightley e Matthew Macfadyen no casal de protagonistas.

Sofia Coppola – sim, filha do poderoso Francis Ford Coppola -, que se baseou na história de Maria Antonieta, a última rainha da França, nos trouxe uma versão mais “humana” desta em 2006. A outra versão do filme sobre a rainha foi lançado em 1938.  A fotografia do filme de Sofia é impecável, assim como sua trilha sonora.

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