quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bestseller "O Diabo Veste Prada" ganhará sequência

Lembra daquele sucesso que foram as vendas do livro O Diabo Veste Prada (ainda mais depois que foi adaptado para o cinema com Anne Hathaway e Meryl Streep)? Então, parece que a autora, Lauren Weisberger, se empolgou e já confirmou uma sequência, segundo a revista EW!

A trama de Revenge Wears Prada: The Devil Returns ("A Vingança Veste Prada: O Diabo Retorna", em tradução literal) deve se passar oito anos após os acontecimentos do livro anterior. A protagonista Andy, agora que não é mais secretária da cruel editora de moda Miranda Priestly, virou a editora da revista de noivas mais badalada do país, e trabalha com a amiga Emily, que conheceu no antigo trabalho. Ironicamente, Andy também está às pressas desenvolvendo a sua festa de casamento, e não tarda para que o destino a faça dar de encontro com Miranda novamente.

O livro deve estrear em abril de 2013, em homenagem aos dez anos de publicação do original. A editora, lá nos Estados Unidos, deve ser a Simon & Schuster. Nesse meio tempo, a autora também já publicou outros títulos, como Uma Noite no Chateau Marmont e À Caça de Harry Winston.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Red Hot Chili Peppers divulgará 18 músicas inéditas ainda este ano


Está aqui uma notícia para os fãs da banda americana de rock Red Hot Chili Peppers. Segundo o baixista da banda, Flea, eles devem divulgar até o fim do ano mais dezoito canções inéditas. O anúncio foi feito hoje via Twitter.

A banda no momento está em turnê pelo mundo divulgando seu mais novo álbum, I'm With You. Para quem não conhece, o grupo surgiu em 1983, e desde então só vem acarretando mais e mais sucessos, como Dani California, Otherside, By The Way, entre outros. A última apresentação da banda aqui no Brasil foi em setembro do ano passado, durante o Rock in Rio.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Voyage Littéraire: "Biblioteca Umimirai"

Bonjour, mes clients! Chegou mais uma edição do desafio interno aqui do blog! Hoje sou eu, Renato, quem escreve a vocês. Para quem ainda não sabe, eu e a Kimie nos desafiamos para chegarmos a uma centena de postagens sobre lugares interessantes no mundo destinados à leitura. Este é o quarto post da seção (é, ainda falta muito, mas a esperança é a última que morre!) e tenho certeza que vão adorar o visual clean da biblioteca de hoje.

Hoje falaremos pela primeira vez de um lugar no continente asiático, mais especificamente no Japão. A Biblioteca Umimirai localiza-se na cidade de Kanazawa (que tem uma população de aproximadamente quinhentas mil pessoas), a cerca de vinte minutos do centro da cidade. Inaugurada há pouco tempo, em junho de 2011, a intenção de construir essa biblioteca tão longe do centro foi exatamente para dar uma cara nova ao bairro onde se localiza, que é pouco conhecido e caracterizado por suas casas tristes e uma população necessitada de centros de atividades públicos.

A biblioteca ultramoderna foi estrategicamente pensada antes de ser construída pela empresa Coelacanth, natural de Tóquio. Com três andares, o prédio branco conhecido como "a caixa de bolo" é todo revestido com cerca de seis mil furos com o tamanho um pouco maior de uma cabeça humana, que são preenchidos com vidros translúcidos. A iniciativa ecológica é economizar com a energia, ainda mais depois do acidente das usinas nucleares no país há pouco tempo, aproveitando quase 100% da luz solar. À noite, é claro, luzes artificiais são acesas.

Não só no Japão, mas em todo o mundo, muitas bibliotecas estão seguindo uma nova estratégia: fazer com que os leitores se encorajem a permanecer no prédio para ler, ao invés de ficarem levando os livros para a casa e, por conseguinte, evitando incidentes com os mesmos (mas é claro que continuam emprestando). Além disso, é uma nova possibilidade de interação social. Para isso, seguem um modelo aconchegante e inovador de arquitetura para que essa iniciativa dê certo, e a Biblioteca Umimirai não fica fora dessa. Com três andares, sua principal sala de leitura (que ocupa todo o primeiro andar), tem cerca de doze metros de altura sustentados por vinte e cinco pilares, em um ambiente de 45mx45m.

No interior, as prateleiras têm um sistema de empilhamento automatizado, salas para reuniões, mezaninos para a leitura, computadores para pesquisas, área de artesanato e até mesmo um centro comunitário! Assim quem não fica morrendo de vontade de partir agora mesmo para Kanazawa? Avoir une bonne lecture!

Livros Para Ler no Inverno


"Um dia frio, um bom lugar para ler um livro". Alguém discorda de Djavan? Eu sei que o inverno ainda vai demorar um pouco para chegar, mas a temperatura já caiu em grande parte do Brasil, e o gostinho dos dias encolhidos na poltrona agarrando-se na coberta está cada vez chegando mais perto. Então, para quem já está colhendo dicas de livros para os três meses de xícara na cômoda, espero que goste de alguns que listei aqui. Tentei embaralhar um pouco os gostos, então tem mistério pra quem quer aproveitar a proteção do cobertor e romance pra quem necessita de calor urgentemente! Confira, e deixe suas próprias dicas nos comentários:

Paciente 67
Autor:
Dennis Lehane
Gênero: Policial, Suspense
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: No verão de 1954, os xerifes Teddy Daniels e Chuck Aule chegam Ilha Shutter para investigar o desaparecimento de uma interna no hospital psiquiátrico Ashecliffe, que sumiu apenas deixando uma misteriosa pista: um bilhete com um pequeno poema. Porém, a misteriosa fuga é o de menos se comparado a tudo o que Teddy e Chuck vão descobrir sobre os métodos empregados nos pacientes pelos responsáveis pelo hospital.
Recado: Para quem nunca ouviu falar do livro, recentemente ele foi adaptado para os cinemas (espetacularmente) pelo diretor Martin Scorsese, sob o nome de Ilha do Medo (Shutter Island, no original), e protagonizado por Leo DiCaprio. Eu já estou lendo o livro, e em breve postarei a resenha.


A Menina Que Roubava Livros
Autor:
Markus Zusak
Gênero: Ficção, Drama
Editora: Intrínseca
Sinopse: Narrada pela própria Morte, a trama conta a vida de Liesel Meminger. Desde o início de sua vida na Rua Himmel, em uma cidadezinha próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.
Recado: Quem gosta do gênero, com certeza vai adorar. A narrativa do autor é sagaz, mesmo quando em devaneios das personagens, e a capa é daquelas que você coloca na estante virada para frente só para observá-la. Em breve, a resenha.


Assassinato no Expresso do Oriente
Autor:
Agatha Christie
Gênero: Policial
Editora: Pode ser encontrado na Saraiva de Bolso, Nova Fronteira, Círculo do Livro, Record, Altaya e Pocket Ouro.
Sinopse: Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabine, com doze facadas, e a porta trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho do célebre detetive Hércule Poirot, que era um dos passageiros, para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.
Recado: Não só esse, mas qualquer livro de Christie serve pra dar uma esquentada, não é? Já li, e posso confirmar que a solução do caso é surpreendente. Um dos meus favoritos de Christie, mas ainda acho O Caso dos Dez Negrinhos insuperável.

Ensaio Sobre a Cegueira
Autor: José Saramago
Gênero: Drama
Editora: Companhia das Letras
Sinopse: Um motorista, parado no sinal, subitamente se descobre cego. É o primeiro caso de uma "treva branca", que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos vão se descobrir reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. O Ensaio Sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.
Recado: O livro também foi adaptado para os cinemas há pouco tempo, com Mark Ruffalo como um dos protagonistas. José Saramago ganhou o Prêmio Nobel de Literatura com esta obra.

E o Vento Levou
Autor:
Margaret Mitchell
Gênero: Drama, Romance
Editora: Pode ser encontrada na Irmãos Pongetti, Itatiaia, Record, Círculo do Livro e Hemus.
Sinopse: Um relato apaixonante sobre a guerra-civil americana, a aristocracia sulista que ela abala e transforma, e a coragem de uma mulher que nunca se deixou vencer. Conheça a linda e tempestuosa Scarlett O'Hara e o irresistível Rhett Butler, que a ama ao longo de todas as suas provações. Conheça a doce Melanie, o honesto Ashley Wilkes e os muitos outros personagens que habitam a esplendorosa fazenda Tara. Uma história de amor que  já emocionou milhões de pessoas no mundo todo.
Recado: Acho que nem preciso dizer que a história foi imortalizada nos cinemas há anos e é um dos maiores clássicos da história da sétima arte. Vale a pena ler suas mais de 800 páginas (a mais nova edição, de 2012, tem 952 - já vale para o inverno inteiro!), porque a história é emocionante e memorável.

Então, gostaram? Deixe suas próprias dicas e opiniões nos comentários (juro que retorno!). Boa leitura e bom inverno!

Arte: Rona Keller

domingo, 6 de maio de 2012

O Código Da Vinci, de Dan Brown


Acho que já estou preparado para falar de Dan Brown mais uma vez. Quando é o nome deste autor que está em pauta, cabe ao resenhista apenas saber que está pisando em um campo minado. Um dos autores mais controversos da atualidade, seus livros têm um público-alvo bem específico, mas mesmo assim conseguem gerar opiniões diferentes. Ou gosta ou não gosta, não existe um meio termo. Antes de falar deste livro em específico, vou abranger as obras de Brown por um todo e explicar a quem nunca leu o que te espera ao abrir a primeira página de um de seus romances.

Primeiramente, há duas coisas para se saber: primeiro, todos os livros dele são guias de viagens narradas. Da beleza artística de Paris à arquitetura majestosa de Washington D. C., Brown cria uma trama meticulosa (todos os livros têm o mesmo sistema de narrativa: conforme o tempo passa, os personagens vão descobrindo novas pistas e se enrolando cada vez mais em uma teia de intrigas) repleta de curiosidades - e essa é a segunda coisa a se saber - sobre temas polêmicos, com fraternidades antigas, segredos e simbolismos. 

Antes de qualquer reboliço, é indispensável afirmar que os livros de Brown são feitos para leigos. Pois sim, esse é o público-alvo. Mas não me interprete mal, eu também me encaixo nesta lista. Em matéria de simbologia, poucos no mundo não são leigos (tanto é que a prova está na estimativa de vendas de seus livros). O Código da Vinci e seus parentes são a fórmula de Dan Brown para ganhar dinheiro ao divulgar seu conhecimento como historiador em uma trama fictícia que, querendo ou não, acaba te conquistando se você tem o interesse pelo assunto. Afinal, não é interessante saber que a pirâmide construída no pátio do Museu do Louvre foi feita pelo presidente francês conhecido como Esfinge (porque ele inundou a cidade com símbolos egípcios) com 666 vidraças; o "número do Satã", bem na capital da França, um dos berços do cristianismo no mundo? Ou que a Igreja Católica erradicou os símbolos de deuses pagãos transformando-os em símbolos demoníacos (como o Tridente de Poseidon e o pentagrama)?

Aliás, são essas curiosidades e a astúcia de Brown em bater de frente com congregações poderosas, como a Opus Dei e a Maçonaria, que fazem o livro, porque, se dependesse de seus personagens, eles não venderiam nem em banca de rodoviária. Robert Langdon, que faz o papel de Dan Brown - um simbologista de Harvard - é um dos personagens mais sem sal que eu já tive o desprazer de conhecer. Pra completar, Dan Brown, assim como faz nos outros dois livros, insere uma mulher cujo parente próximo morre e está sedenta pela verdade, aqui chamada Sophie, cujo avô, Jacques, é assassinado dentro do Museu do Louvre. Ao menos em O Código da Vinci ele insere um dos melhores personagens que ele já criou: o pesquisador Leigh Teabing, que tem um papel importantíssimo na trama.

Resumindo, como sempre o faço, O Código da Vinci é como qualquer outro livro de Dan Brown. É um livro comercial, o que não impossibilita o prazer de uma boa leitura, com uma narrativa que segue à risca o estilo do escritor. A razão de tanto alvoroço ao redor desta obra, e o motivo pelo qual virou best-seller mundial, é que consegue atingir o público-alvo (os leigos e curiosos) prometendo falar sobre um dos segredos mais bem guardados da humanidade: a relação de Jesus Cristo com Maria Madalena e o segredo do Santo Graal. Se é verdade ou não, só saberemos caso o tal Priorado de Sião resolva abrir a boca, porque se você espera que Dan Brown faça isso, pode esquecer, isso está bem longe da capacidade dele e de qualquer um de nós.