sábado, 14 de maio de 2011

As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago | C. S. Lewis














O escritor irlandês Clive Staples Lewis publicou, em 1950, seu primeiro livro. As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa se tornou um clássico da literatura infantil; e Lewis não pretendia continuar uma saga de livros. Porém, prosseguiu escrevendo até o quarto livro da franquia; que é quando ele decide continuar a saga, mas com estórias que preenchessem as lacunas das passagens de um livro para o outro. Em As Crônicas de Nárnia: O Cavalo e Seu Menino, ele conta as aventuras do cavalo Bri e do menino Shasta enquanto acontece a Era de Ouro em Nárnia (ou seja, durante o reinado dos irmãos Pevensie), recheando o espaço vazio que ficou entre o primeiro e o segundo livro em ordem de publicação de informações. Já As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago é o penúltimo livro a ser publicado, mas o primeiro em ordem cronológica.

Neste, Lewis nos apresenta a garota Polly e o menino Digory, que são vizinhos e descobrem que o tio do garoto é um mago que fabricou dois anéis mágicos que levam eles ao Bosque entre Mundos, um local com vários lagos que levam à diferentes mundos. Entrando em uma das lagoas, os meninos vão parar em Charn, onde libertam Jadis, A Feiticeira Branca, que acaba voltando junto à eles até nosso mundo. Porém, viajando novamente ao Bosque entre Mundos, os garotos, a Feiticeira e o Tio André vão parar em um local vazio, mas que logo é transformado em Nárnia, pelo leão Aslam.

Lewis cria o Reino de Nárnia de um jeito mágico, afinal não havia uma maneira melhor de fazê-lo, já que Nárnia é um mundo em que tudo pode acontecer. Os livros de fantasia que criam paralelos da Terra, em sua maioria, são adorados pelo público (especialmente o infantil), pois são lugares em que as pessoas sonham em conhecer um dia. Mas o melhor da Saga As Crônicas de Nárnia é que C. S. Lewis cria toda uma história para seu mundo mágico, misturando Mitologia Grega, Nórdica, batalhas, animais falantes, contos de fadas, etc. e utiliza temas cristãos em todos os livros. Em O Sobrinho do Mago, em especial, trata-se Aslam como Deus, e a maçã dourada como uma fonte do pecado. Já em A Viagem do Peregrino da Alvorada, por exemplo, temos os Sete Pecados e a Estrela Azul, que serve como guia dos garotos (o que lembra a Estrela Guia, que levou os Três Reis Magos até Jesus).

Com seus personagens principais, Lewis quer dizer que a imaginação, coragem e humildade das crianças podem "mover montanhas". Polly, Digory, Susana, Pedro, Edmundo, Lúcia, Shasta, Aravis, Jill - todos eles são crianças que, sozinhas, partem para aventuras que mudarão os rumos de Nárnia e darão lições de moral ao leitor. Mas o principal erro de Lewis em suas obras é a falta de descrição de seus personagens e cenários. Nós nunca sabemos a aparência dos personagens, nem mesmo dos principais, o que leva muitas pessoas à preferirem os filmes (feitos pela Disney) aos livros, já que o número de páginas não são tão grandes, e os longas mantêm a fidelidade e ainda acrescentam as lindas paisagens de Nárnia.

Resumindo: Lewis realizou uma das melhores sagas de livros de fantasias existentes, e merece pontos por isso; mas a falta de detalhes sobre seus cenários e personagens pode ser considerada um erro cometido por ele; além de alguns diálogos em que nós não sabemos quem está falando, fazendo com que o leitor volte à ler o parágrafo diversas vezes. Porém, O Sobrinho do Mago é um livro essencial para quem quer entender o Reino de Nárnia e se maravilhar com o encanto de C. S. Lewis.

Livro: As Crônicas de Nárnia - O Sobrinho do Mago
Autor: C. S. Lewis
Editora: Martins Fontes
Páginas: 184

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